Caiu-me na mão um extracto das conclusões Gerais do I Encontro Nacional da Educação, realizado em Luanda em fins de Outubro passado.
Tem muito interesse conhecer alguma dessas Conclusões, repicadas ao acaso, para formar uma ideia do que espera a mocidade angolana. Ei-las:
"A Escola, inserta na superestrutura social, está dependente da linha político-ideológica..."
"A Escola deve transformar-se numa arma de resistência, enquadrando-se especialmente na Resistência Armada"
"Preconiza-se uma metodologia Revolucionária do Ensino, que identifica com a linha política do MPLA aplicada ao ensino"
"Na Escola devem eliminar-se todos os vestígios do individualismo"
"Nos Jardins-Escolas (dos 3 aos 5 anos) o programa deve incluir formação cívica e moral revolucionária"
"As paredes das Escolas devem ser enfeitadas com material decorativo de conteúdo progressista...e, quadros de heróis nacionais e personalidades eminentes do Movimento e da Revolução"
"A Escola deverá incluir entre os valores políticos fundamentais a ensinar os do Poder Popular, da Resistência Popular Generalizada, da Solidariedade anti-imperialista dos trabalhadores e dos povos oprimidos, e do Internacionalismo"
"O professor deve ser um elemento liberto de todas as taras do colonialismo, da burguesia e da pequena burguesia, e de outros preconceitos errados..."
Parece que já chega.
Ou ando muito enganado, ou as Conclusões de tal documento, cheio de frases feitas sem grande conteúdo, serão mera tradução (e talvez não muito boa) de idêntico documento de qualquer país da Cortina de Ferro.
CONTINUA